ARTE - TEATRO - 6º ANO EF



6º ANO - 3º BIMESTRE 

TEATRO 

CURRÍCULO PAULISTA - CADERNO DO ALUNO 


A Linguagem Teatral
Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.) ou signos táteis (em que a realização cênica, – por meio de atores ou de objetos cenográficos, estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores). As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas, propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem, reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriarem de suas possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa. Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de um discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.
Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de
significação para se elaborar uma escrita cênica.
As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se voltar para um aspecto da linguagem, que será especificamente explorado naquele dia, e estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula com o intuito de aprimorar a aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles, com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral, efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos relacionados aos momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do processo, torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos presentes em uma encenação. Esse mergulho, na linguagem teatral, provoca a percepção, a
criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar condições para essa leitura. 

Arte como experiência da arte.
A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna, está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre de condicionamentos, cujo consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos toca o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe, vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então, como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.

Situação de Aprendizagem I
Habilidade (EF06AR29): Experimentar, de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens da comédia e da farsa.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
● Improvisação teatral
● Jogo Cênico
● Gestualidade
● Personagens da comédia e da farsa
● Construções corporais e vocais
Habilidade (EF06AR30): Compor cenas, performances, esquetes e improvisações com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.), explorando a comédia e a farsa como gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense, caracterizando personagens (com figurinos, adereços e maquiagem), cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
Objetos do conhecimento: Processos de criação
● Cenas
● Performance
● Esquetes
● Improvisação
● Gêneros - comédia e farsa
● Personagens da comédia e da farsa.
● Figurinos, adereços, maquiagem, cenário, iluminação e sonoplastia
● Relação entre as linguagens teatral e circense
● Relação das linguagens teatral e circense com o espectador

Linguagens teatral e circense, com a caracterização de personagens desde os figurinos até os adereços e maquiagem, como também com o cenário, a iluminação e a sonoplastia. Além disso, os estudantes poderão se familiarizar com a improvisação teatral, o jogo cênico, a gestualidade e as construções corporais e vocais de personagens tanto da comédia quanto da farsa

Ação física: Ação executada pelos atores (teatro/dança/circo) envolvendo voz, gestos e movimentos. Esta ação, aliada a aspectos como cenografia, texto, iluminação, sonoplastia, maquiagem, figurino etc., gera a atuação, que é lida e interpretada pelo espectador, que lhe atribui sentido a partir de seu conhecimento de mundo e de suas experiências anteriores, sentimentos, sensações e emoções.
Adereço: Acessório que compõem o conjunto estético de um personagem.
Comédia: Gênero que explora situações do dia a dia, exagera particularidades do comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no público.
Cena: Trecho, recorte, fração ou acontecimento dramático.
Cenário: Conjunto de elementos que, combinados, mimetizam ambientes reais, para reforçar a atmosfera onírica do palco.
Construções corporais e vocais: Conjunto de características físicas e vocais pesquisadas, experimentadas e assumidas pelo ator, para a configuração de uma personagem no fazer teatral.
Espectador: Aquele que assiste a um espetáculo.
Esquetes: é uma cena curta (no máximo tem duração de dez minutos). Em sua maioria, os atores atuam e improvisam uma cena com teor cômico.
Farsa: Gênero que, apesar de ser dramático, é cômico, exagerado e extravagante na abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são excêntricos e caricatos.
Figurino: Vestimenta utilizada pelos atores para a caracterização de personagens, que identifica suas características, idade, sexo, idade, classe social, profissão, nacionalidade, religião etc. Pode também, indicar uma época, região, estação do ano.
Gestualidade: Conjunto de gestos que caracteriza determinado personagem.
Iluminação: Infinitos recursos que participam e colaboram com a produção de sentido do acontecimento teatral.
Improvisação: Essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não ator. O improvisador explora seus limites criativos e agilidade criativa. Ela pode ser realizada tanto individualmente quanto em equipe.
Jogo Cênico ou Jogo Dramático: Os jogos cênicos, geralmente, são realizados para explorar a gestualidade e a voz, a partir de temas, desafios e situações corriqueiras.
Desenvolvidos em grupo, onde cada indivíduo elabora por si e com os outros, situações cênicas, utilizando-se de diversos signos visuais, sonoros e corporais.
Maquiagem: Possui diversas funções. No nosso caso, servirá apenas como forma de teatralização da fisionomia.
Personagem: Papel assumido por um ator ou uma atriz a partir de um esboço criado por um autor. Como exemplo, utilizaremos alguns personagens da Commedia Dell’arte.
Personagens da comédia e da farsa: Estes gêneros teatrais não possuem personagens específicos, porém, há particularidades e semelhanças entre eles, como por exemplo: o exagero, a imitação de costumes, a intriga, a paródia, os estereótipos e o deboche.
Performance: Manifestação artística que ocorre em determinado momento (ao vivo), geralmente, em espaços não convencionais para o teatro. Nela, o ator interpreta ideias com
liberdade, associa diferentes linguagens, produzindo algo híbrido e impactante.
Relação com o espectador: Por muito tempo, foi esquecido ou considerado sem importância no seu processo de desenvolvimento, mas, atualmente, é visto como parte da obra, afetando-a e sendo afetado por ela. O efeito da atuação do artista sobre o espectador está fortemente ligado ao efeito do espectador sobre o artista.
Relação entre as linguagens teatral e circense: A principal característica a ser observada é a presença do ser humano em estado espetacular, que utiliza recursos dramáticos e expressivos na condução da performance cênica. Há a utilização de roteiros pré-definidos, de improvisação, de personagens, de construções corporais e vocais, de figurinos, de adereços, de iluminação, de sonoplastia específica etc. Embora a formatação do espetáculo seja distinta, ambos podem utilizar espaços diferentes, por exemplo, uma apresentação teatral pode “caber” em espaços nos quais uma apresentação de determinados números circenses, não.
Sonoplastia: Este termo é recorrente em teatro, circo, cinema, rádio e televisão. Compreende a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, ilustrados ou sugeridos sonoramente em cada cena. Contemplava, também, a gravação e a montagem de diálogos, bem como a seleção, a gravação e o alinhamento de música com função dramatúrgica.
Texto dramático: Textos escritos ou adaptados com o objetivo de serem encenados.

Para saber mais:
Jogo cênico: elaboração da cena circense. Disponível em:

OBS. Vale a pena discutir com os alunos a situação dos artistas e dos espetáculos teatrais em
épocas de isolamento social.
Sugestões de leitura:


1. Improvisação/jogo cênico:
Só Perguntas - Barbixas. Disponível em:

2. Gestualidade:
3. Personagens:
4. Construções corporais e vocais: (Utilize trechos do vídeo “Os Saltimbancos” ou” Milhoaos Pombos".)
5. Cenas - Selecione cenas do vídeo “Os Saltimbancos”.
6. Performance:
CEGOS - Performance na Virada Cultural 2015. Disponível em:

Para saber mais sobre a performance “Cegos”: https://www.desviocoletivo.com.br/cegos.

7. Esquete:
Que remédio? – Parafernalha. Disponível em:
8. Comédia e Farsa:
Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. Disponível em:
Commedia Dell’Arte - Arlequim, Servidor de Dois Patrões (parte 9/11) - (trecho).
Para saber mais sobre os gêneros teatrais - (Vídeos para o Professor):
Comédia - Disponível em:
Farsa – Disponível no youtube no canal Duvidando:

9. Cenários/Iluminação:

10. Iluminação e Sonoplastia: (Construções corporais e vocais, Figurinos, Adereços e
Maquiagem também podem ser trabalhados, a partir do vídeo abaixo).
Espetáculo "Os Saltimbancos" - Odeon Companhia Teatral. Disponível em:
Cirque du Soleil - Ovo. Disponível em:

Momentos de experimentação da improvisação teatral por meio de dois jogos, utilizando a leitura dramática e gestualidade.

Vários exemplos de como a improvisação pode gerar cenas e textos bem interessantes para uma produção teatral. Barbixas. Disponível em:

https://www.youtube.com/channel/UCZbgt7KIEF_755Xm14JpkCQ

Muito mais....

A Farsa da boa preguiça - Cena - Ariano Suassuna. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=gs92sjgYTAk
Farsa da Boa Preguiça - Completo - Grupo de Teatro Guará. Disponível em:
A Farsa de Inês Pereira. Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?v=ZrqaYPrOvcY

Personagens da Commedia dell’arte
Zanni - representam os servos, a classe social mais baixa.
Vecchi - representam a classe social mais alta.
Alguns deles são:
Arlequim: Zanni - cômico, atrapalhado, malandro, brincalhão, ingênuo e gentil.
Colombina: Zanni - graciosa e esperta, pois, sempre tenta tirar proveito das situações, apaixonada por Arlequim.
Pantaleão: Vecchi - rico, comerciante, galanteador, conservador, desajeitado, autoritário e avarento.
Brighella: Zanni - trapaceiro, fingido, egoísta, malandro e cínico.
Pierrô: Zanni - palhaço triste, honesto e apaixonado por Colombina;
Pulcinella: Zanni - corcunda, ambicioso, glutão e barrigudo.
Doutor: Vecchi - rico, charlatão e avarento.
Capitão: Vecchi - fanfarrão, mentiroso, preguiçoso, forte e medroso.
Commedia dell’arte. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/comedia-dell-arte/.

Personagens do Circo
Bailarina: entretém o público por meio da dança e coreografias simples;
Contorcionista: trabalha com técnicas de flexibilidade corporal, torcendo e dobrando o corpo;
Equilibrista: trabalha com diferentes técnicas de equilíbrio. Personagem que consegue equilibrar objetos sobre si, enquanto se apoia/equilibra sobre diferentes partes do seu corpo, por exemplo;
Palhaço: personagem que utiliza linguagem verbal e não verbal para expressar o cômico.
Mágico (ou ilusionistas): entretém o público utilizando truques, recursos mecânicos/tecnológicos para criar ilusões. Necessita de extrema agilidade com as mãos.
Malabarista: exige muita atenção, concentração e habilidade em manusear diversos elementos ao mesmo tempo. Pode trabalhar com técnicas de equilíbrio e manuseio de
objetos, ao mesmo tempo.

História do circo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/circo/.

Situação de Aprendizagem II
Habilidade (EF06AR25): Investigar, identificar e analisar a comédia e a farsa como gêneros teatrais e a relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços,
aprimorando a capacidade de apreciação estética teatral.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● gêneros teatrais - a comédia e a farsa
● relação entre as linguagens teatral e circense em diferentes tempos e espaços
Habilidade Articuladora (EF69AR31): Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● práticas artísticas
● diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Comédia e a farsa como gêneros teatrais, a linguagem teatral e circense, e as conceituações das diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
● Gênero teatral Comédia: Explora situações do dia a dia, exagera particularidades do comportamento humano e critica costumes de forma bem-humorada, provocando risos no público.
● Gênero teatral Farsa: Apesar de ser dramático é cômico, exagerado e extravagante na abordagem de situações cotidianas, valores e relações sociais. Seus personagens são excêntricos e caricatos.
● Práticas artísticas: Ações que resultam em produtos artísticos ou artesanais de todos os povos e matrizes estéticas e culturais (técnicas, saberes, apresentações musicais, de dança, teatro e circo, tradicionais ou contemporâneos).
● Dimensões da vida: Toda comunidade configura um contexto sociocultural composto por elementos diferentes entre si e que são quase indissociáveis. A arte incluiu-se neste viés e pode ser abordada e relacionada com cada uma das múltiplas dimensões da vida a partir de experiências sensíveis.
● Dimensão Social: Envolve os diferentes contextos nos quais seja possível ter contato com a arte: em casa, no carro, na rua, no trabalho, na igreja, no mercado, no shopping etc.
● Dimensão Cultural: O ambiente, em que vivemos, influencia nossos padrões culturais entre eles o tipo de produto artístico a que somos expostos , por exemplo, em localidades mais próximas ao campo, as pessoas tendem a ter mais contato e apreciar músicas do gênero sertanejo. Sendo assim, a partir do produto artístico que é apreciado, é possível perceber as influências culturais locais.
● Dimensão Política: O viés político está ligado às influências culturais e estéticas de outros países e culturas, na produção artística local, regional etc.
● Dimensão Histórica: A relação histórica se observa pelo registro de fatos e acontecimentos que ficaram marcados na/pela produção artística, por exemplo, a música do filme Titanic; o hino da vitória que era tocado quando o piloto de fórmula 1, Ayrton Senna, vencia uma corrida etc.
● Dimensão Econômica: Tem relação com o consumo de produtos artísticos produzidos em massa pela indústria cultural ou em quantidades restritas/artesanais como livros, objetos, fotografias, gravuras, mídias digitais etc.
● Dimensão Estética: Está relacionada às relações sensoriais de apreciação, deleite, afetivas e sentimentais, estabelecidas intelectualmente em diferentes situações vividas pelo sujeito e que envolvem um produto artístico.
● Dimensão Ética: Relacionada a pensamentos, conceitos e valores positivos, à não discriminação, à aceitação da diversidade e ao respeito, consolidados e estabelecidos pela sociedade, normalmente, transmitidos no convívio social.
● Circo tradicional: É formado por grupos familiares e todos os saberes são transmitidos de geração em geração. Todo tem uma função específica, antes, durante e depois do espetáculo. Cada apresentação é resultado de um longo, rigoroso e complexo processo de aprendizado artístico e estético, que envolve montagem, elaboração de figurinos e cenários, ensaios, treinamento físico, divulgação e desmontagem.
● Circo Contemporâneo: Formado por pessoas de diferentes origens sem nenhum vínculo familiar sendo que a aprendizagem acontece por meio das escolas de circo. Diferentemente do circo tradicional, o espetáculo apresenta um tema central que é desenvolvido ao longo de todo a apresentação numa sequência lógica. Essa exibição combina técnicas circenses e teatrais e grande quantidade de recursos tecnológicos, agregando atores, ginastas, técnicos e equipes específicas as quais desempenham diferentes tarefas e funções, culminando numa produção de elevado teor estético.
Outra característica importante é que não há animais.

Links:
Infinita - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:

Hotel Paradiso - Comédia. “Disponível no youtube no canal Familie Floz:
Parlapatões Oceano - Circo contemporâneo - clipe. “Disponível em:
Farsa Teatral - MOLIÉRE - O Médico Saltador. “Disponível em:
Para saber mais:
Comédia, farsa e auto. Disponível em: http://comediafarsaeauto.blogspot.com/

A Farsa. Disponível em:

Os tipos de comédia. Disponível em:



Artigo - De como a evolução do circo transformou o teatro. Estudo resgata a história de Benjamim de Oliveira, o palhaço negro. Disponível em:

Qual é a origem do Circo. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundoestranho/
qual-e-a-origem-do-circo/

História do Circo. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/historia-do-circo.htm

História do circo. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes-cenicas/historia-docirco/.

 
O início do circo moderno. Disponível em: https://jornalggn.com.br/cultura/costumes/oinicio-
do-circo-moderno/

Situação de Aprendizagem III

Habilidade (EF06AR26): Explorar diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.      Objetos do conhecimento: Elementos da Linguagem               ● figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia

Habilidade (EF06AR28): Investigar e experimentar diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) e compreender a relação entre elas nos processos de criação de personagem.

Objetos do conhecimento: Processos de criação

● Diferentes funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.)

● Relação entre diferentes funções teatrais e processos de criação de personagem diferentes elementos envolvidos na composição de acontecimentos cênicos da comédia e da farsa, do circo-teatro (teatro circense) e do circo (figurinos, adereços, maquiagem/visagismo, cenário, iluminação e sonoplastia) e conhecer as funções teatrais (ator, figurinista, aderecista e maquiador/visagista etc.) nos processos de criação de personagem

Adereço: Objetos usados como adornos para enfeitar e/ou decorar personagens, cenas, cenários etc.

Aderecista: profissional que é responsável pelos adereços e acessórios de cena.

Ator: É o que interpreta uma personagem no teatro, no circo, no cinema etc. Ele representa

uma ação dramática baseada em textos ou improvisada individualmente ou coletivamente.

Atuação: Arte da representação, arte do ator.

Cenário: Objetos usados para compor, enfeitar e/ou decorar cenas, cenários etc.

Cenógrafo: profissional responsável pela criação, projeto e construção do cenário.

Figurino: Indumentária (roupa) usada pelas personagens em diversas produções artísticas.

Figurinista: profissional que é responsável pelas roupas que os atores utilizam em cena. O figurinista cria as vestimentas de forma a deixar claro quem é aquele personagem, qual época ele se encontra e qual a mensagem que ele passa.

Iluminação: Efeitos de luz que tem como função compor apresentações artísticas, destacar atores, ambientes, cenários, proporcionar climas adequados aquilo que se pretende apresentar nas cenas.

Iluminador: profissional responsável por toda a iluminação do espetáculo, desde sua criação até a operação no momento da cena.

Maquiagem: Produtos cosméticos ou não, utilizados para embelezamento, caracterização e transformação dos atores em personagens.

Maquiador: profissional responsável pela maquiagem e caracterização do personagem.

Sonoplastia: Conjunto de sons e efeitos sonoros criados para uma atividade artística, proveniente de músicas, ruídos, vozes, e outras fontes e formas sonoras.

Sonoplasta: profissional responsável por toda a trilha sonora do espetáculo desde sua criação até a execução no momento da cena.


Situação de Aprendizagem IV
Habilidade (EF06AR24): Reconhecer e apreciar artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.
Objetos do conhecimento: Contextos e práticas
● artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo;
● modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação
profissional.

História do Circo: A arte do circo está presente desde a Antiguidade em diversas partes do mundo, mas a forma como hoje conhecemos, vem do Império Romano, que no século IV
a.C., constrói o primeiro grande circo da história, Circus Maximus, , no qual aconteciam desde festejos religiosos a apresentações de animais e lutas de gladiadores e espor tes para entreter o povo. Na Idade Média, as apresentações foram para praças e ruas com seus artistas populares, nômades e viajantes. Na Inglaterra do séc. XVII, o inglês Philip Astley desenvolve a linguagem do circo que passa a ter picadeiros, tendas e lonas para a apresentação de diversas
artes circenses próximas do nosso conhecimento.
No século XX, surgem as escolas de circo na Rússia, França e Canadá no mundo, as quais alteram a forma de como o circo era regido, principalmente, na troca de saberes circenses, aliando as técnicas circenses e os bailados performáticos da ginástica artística, rítmica e acrobática às inovações tecnológicas, narrativas e teatralidade. Podemos citar alguns circos, mundialmente conhecidos, como o francês Cirque d'Hiver, o americano Big Apple Circus, o irlandês Tom Duffy's Circus, o Circo Imperial da China e o canadense Cirque du Soleil.
História do Circo no Brasil: O circo, no Brasil, surge com a vinda dos europeus ao país no início do séc. XIX. Muitas famílias nômades, ciganas influenciaram as atividades circenses com apresentações de ilusionismos e de domadores de animais, espalhando-se por todo o país, mas adaptando os números circenses à cultura e costumes da região. O palhaço, grande personagem do circo, é o que alinhava o espetáculo por meio de suas pantomimas, sua alegria e humor sendo muito mais comunicativo e falastrão. Os palhaços, que fizeram mais sucesso nacional, foram Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca e Torresmo. É importante ressaltar que o uso de animais, em apresentações circenses, no estado de São Paulo, é proibido pela lei 11.977/05. Listamos o nome de alguns circos: Circo Maximus, Circo Stankkowich, Tihany Espetacular, Circo Dos Sonhos, Circo Broadway.
Circo-Teatro: O termo circo-teatro se refere a apresentações teatralizadas que aconteciam, ao final de espetáculos circenses, em meados do século XX no Brasil. Eram encenadas comédias, dramas e adaptações de temas diversos. Benjamin de Oliveira foi o grande precursor dessa prática que foi, durante muito tempo, a forma de levar o teatro a todo o país.
Ela foi perdendo espaço e força até os anos de 1960, quando, praticamente, desapareceu.
Hoje em dia, há grupos que aliam, aos espetáculos teatrais, as técnicas circenses. Podemos citar as cias. de circo-teatro La Minima, Grupo de Teatro Sem Lona, Grupo Parlapatões e
Cia Nau de Ícaros.
Circo Blamage - É uma associação, sem fins lucrativos, fundada em 1989, na ilha de Pellworm, Alemanha, que se propõe a desenvolver habilidades motoras, criativas, artísticas e sociais de crianças, de jovens com (ou sem) deficiência por meio de seus acampamentos e vivências. O objetivo do trabalho é a inclusão, treinar e experimentar juntos e, assim,
aprender uns com os outros. A inclusão, também, é percebida pelo público por meio da atmosfera da tenda do circo, que tem 300 lugares. A intenção não é alcançar o melhor desempenho artístico, mas valorizar a promoção de habilidades socioemocionais, criativas e motoras.
Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus - Estas duas companhias circenses itinerantes, norte americanas, têm origens distintas, porém uniram-se em 1919, formando uma estrutura que contava com mais de 1.100 empregados, quase 1.800 animais , necessitando, para viajar, de quase 100 vagões de trem. Ao longo de sua existência, foi comprando outros circos tornando-se a maior do mundo, mas tendo diferentes proprietários. A estrutura possuía três picadeiros e utilizava leões, tigres, gorilas, ursos polares, girafas, cavalos, camelos e elefantes, além de números como trapézio, homem bala, palhaços, equilibristas, entre outros. A última apresentação foi em 2017.
Vida Circense: A vida dos artistas de circo é de muito trabalho como eles mesmos dizem.
Além das apresentações, os artistas ensaiam, treinam atos, números e cenas. Dependendo do tamanho da companhia, o número de tarefas aumenta ainda mais. Nas companhias mais
estruturadas, os artistas têm melhor infraestrutura e podem apenas cuidar de seus afazeres artísticos. Em companhia menores, os artistas dividem as funções artísticas com as funções administrativas, de limpeza, de divulgação, de organização e de transporte. As companhias, que têm crianças em seus elencos, ou as matriculam nas escolas onde fazem temporadas, ou contratam professores para acompanhar a trupe e cuidar da educação formal delas. Os artistas de circo viajam muito pelo país e pelo mundo, indo de localidade a localidade apresentando seus espetáculos, estabelecendo-se nas cidades por temporadas de apresentações.

Trailer Totem - Cirque du Soleil. Disponível em: https://youtu.be/Z_qmMdmpaB4

Trailer Circo dos Sonhos no Mundo da Fantasia. Disponível em:

Trecho da apresentação de circo-teatro O Medo de Terezinha - Circo-Teatro Sem Lona. Disponível em: 

Mundo mágico… do circo! Conheça a história e os segredos das atrações do maior espetáculo da Terra. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/mundo-magico-docirco/

Artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense), circos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, e investigar os modos de criação, divulgação, circulação e organização da atuação profissional.

Modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional de artistas, grupos e coletivos cênicos de circo-teatro (teatro circense) e circo paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, a criação de cartazes e formas diferentes de divulgação da chegada dos artistas e grupos pesquisados na sua localidade

Circos e palhaços brasileiros. Disponível em,:

Nau de Ícaros – Circo, Dança, Teatro. Disponível em: https://www.naudeicaros.com.br/

Grupo de artistas populares. Disponível em: http://www.rosadosventos.art.br/

Grupos e Teatro. Disponível em:

Grupo Parlapatões. Disponível em: http://parlapatoes.com.br/site/

Circo-teatro é teatro no circo. Disponível em: https://www.circonteudo.com/circo-teatroe-
teatro-no-circo-2/
Relembre palhaços históricos brasileiros. Disponível em:

Os 5 Circos que você tem que conhecer pelo mundo. Disponível em:

Viaje nos melhores circos do mundo. Disponível em:
 
Quando o teatro encontra o circo. Disponível em:
 
16.Gêneros Teatrais. Disponível em:

Doutores da Alegria, projeto que introduz a arte do palhaço no universo da saúde. Disponível

Referências Bibliográficas:
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª Edição.
DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do espectador/ Flávio Desgranges. – São Paulo: Hucitec, 2003.
DUPRAT, Rodrigo Mallet. GALHARDO, Jorge Sergio Pérez. Artes circenses no âmbito escolar. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010 (Coleção Educação Física e Ensino).
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005.
GRANERO, Vic Vieira. Como usar o teatro na sala de aula. São Paulo: Contextos, 2011.
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