4º ANO DO EF - 3º BIMESTRE
CURRÍCULO PAULISTA - CADERNO DO PROFESSOR
A Linguagem Teatral
Como linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se, principalmente, de signos visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de alimentos conhecidos etc.) ou signos táteis (em que a realização cênica, – por meio de atores ou de objetos cenográficos, estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas, propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem, reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e a se apropriarem de suas possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa. Os diversos objetos de conhecimento, que constituem a arte teatral, tornam-se materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de um discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.
Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de significação para se elaborar uma escrita cênica.
As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se voltar para um aspecto da linguagem, que será especificamente explorado naquele dia, e estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula com o intuito de aprimorar a aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles, com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A avaliação vai propiciando aos alunos, aos poucos, apropriação da linguagem teatral, efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos relacionados aos momentos de aprendizagem e, gradualmente, no decorrer do processo, torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à diversidade criativa, contudo não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos presentes em uma encenação. Esse mergulho, na linguagem teatral, provoca a percepção, a criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar condições para essa leitura.
Arte como experiência da arte.
A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna, está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela padronização gestual, pelo consciente assoberbado e pelo desestímulo à atuação de outras formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam procedimentos artísticos modificados para provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre de condicionamentos, cujo consciente seja surpreendido, poderia se deixar atingir pelo instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos toca o íntimo e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe, vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então, como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
Situação de Aprendizagem I
Habilidade: (EF04AR18) Reconhecer e apreciar o teatro de sombras presente em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional.
Objetos de conhecimento: Contextos e Práticas
● teatro de sombras
● histórias dramatizadas
Conceitos importantes.
Teatro de sombras: Gênero teatral que consiste, basicamente, em contar uma história por meio da projeção de sombras sobre uma superfície, geralmente, vertical, que pode ser uma parede, tela em tecido papel ou plástico leitoso etc. Para isso, os elementos da história podem ser representados por figuras criadas com as mãos, figuras recortadas, bonecos, objetos ou pessoas. Pode haver sonoplastia, falas e efeitos de luz.
Para saber mais:
Teatro de sombras: História e características. Disponível em: http://www.lenderbook.com/sombras/index.asp
Histórias dramatizadas: Uma história se caracteriza por um conjunto de informações que tem a função de contar algo, que pode ser verdade ou ficção. Para isso, reúne informações e outros elementos encadeados, gerando uma certa lógica com intenções diversas. Qualquer história pode ser dramatizada, ou seja, o texto é transformado para o discurso direto e adequado para ser representado na forma teatral. Por exemplo, é muito comum dramatizar histórias de livros que foram escritas há muito tempo. Essa prática se chama roteirização.
Para saber mais:
Contar, dramatizar e encantar com fantoches. Disponível em: http://www.unirv.edu.br/imgs/CONTAR,%20DRAMATIZAR%20E%20ENCANTAR%20COM%20FANTOCHES.pdf
Análise dos vídeos e das imagens (caderno do professor)
Vídeo - Shadowland de Pilobolus: o trecho "Transformação". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QgvmlqqkofM
Vídeo - Teatro de Sombras Grupo Eclipse: O Ciclo da Vida (Completo). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eWTvHdUpxNQ
Para saber mais:
Vídeo - Teatro das Sombras - Conexão Brasil China. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jSuZ8k52JNk
Vídeo - O teatro de marionetes Wayang (Indonésia). (áudio em espanhol). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DQ3gUQI10pI
Vídeo - O teatro de sombras chinês. (áudio em inglês). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aJZ_sJXQQuI
Criar uma pequena história dramatizada e a apresentem utilizando o teatro de sombras.
O tema poderá ser sugerido por você ou por eles, porém a elaboração do texto e tudo o que for necessário, será produzida coletivamente. Converse com os estudantes sobre a possibilidade de utilização de um texto que já existe ou da construção de um texto autoral. Informe-os de que eles precisarão construir, no mínimo, dois personagens. É importante ler o texto sem entonações, para conhecê-lo antes de começarem os ensaios.
Dramatização do texto. Nesse momento, eles terão de utilizar elementos teatrais para dar vida aos personagens, escolhendo as características vocais, timbre e entonação. Ao término das ações, converse com os estudantes, para que reflitam sobre a ação de dramatizar e construir uma apresentação de teatro de sombras. Organize as apresentações e registre com fotos e vídeo, se possível.
Situação de Aprendizagem II
Habilidade: (EF04AR19) Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando diversas características vocais (fluência, entonação e timbre) em diferentes personagens.
Objetos de conhecimento: Elementos da Linguagem
● teatralidade na vida cotidiana;
● características vocais (fluência, entonação e timbre);
● personagens.
Conceitos importantes.
Teatralidades: Elas podem ser percebidas nas particularidades e características que existem nas fisicalidades e figurinos dos diferentes personagens que existem na vida cotidiana como, por exemplo, na expressão facial do policial, no jeito de andar de um idoso, na gestualidade do vendedor de rua, nas pessoas que fazem malabarismos nos sinais de trânsito, nas roupas de um mendigos, no andar daqueles que passeiam com seus cachorros, na postura de quem trabalha como segurança, nos movimentos e roupas de músicos que se apresentam na rua, no comportamento de um “malandro” entre muitas outras formas de desempenho de papéis nas relações sociais.
Fluência: Como característica vocal, este conceito está ligado ao ritmo, intensidade e velocidade da fala, considerando a intencionalidade do texto como, por exemplo, falar rápido, gaguejando, baixinho, choramingando etc.
Entonação: Como característica vocal, este conceito está ligado aos aspectos ligados à fala, pela variação das alturas e durações do que é dito, de acordo com uma intenção. Cenicamente, por exemplo, uma letra, palavra, frase, ordem ou cumprimento podem ser ditos de maneiras diferentes.
Timbre: Como característica vocal, este conceito está ligado a um conjunto de características que possibilitam o reconhecimento de uma fonte sonora, como por exemplo, distinguir a voz de diferentes pessoas ou instrumentos musicais.
Personagem: Teatralmente falando, a personagem pode ser uma pessoa, animal ou coisa, imaginada e descrita por quem a criou, que só existe na prática da interpretação cênica/dramática de um ator, que assume todas as suas características enquanto se coloca em seu lugar. No caso da improvisação, o autor é o próprio ator.
Análise do vídeo e das imagens ( caderno do professor)
Vídeo - Adivinhe qual é o personagem, de desenho, pela voz. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MZmNHxWvEDo
Preparação antecipada.
Solicitar aos estudantes que tragam, cada um, um objeto, uma roupa e um adereço que podem caracterizar ou indicar um personagem (chapéu, bolsa, sapato, muleta, chupeta, garrafa/copo plástico, óculos, peruca etc.), para serem utilizados num jogo teatral de construção de personagens. Numere cada peça e coloque tudo à vista de todos. Prepare pequenos papeis com os números de todas as peças e coloque numa pequena caixa. Solicite aos estudantes que preparem dois pequenos papeis, cada um com uma palavra tema, sendo: um lugar (onde) e uma frase (qualquer quantidade de palavras) – sugerimos que você leia todas, para evitar “surpresas”. Coloque os papeis dobrados em duas caixas (uma para cada tema).
A ideia inicial do jogo é que um estudante por vez, sorteie um papel de cada caixa.
Depois de ler as informações que constam nos papeis, o jogo segue os passos, a seguir:
1º passo: Pegar o objeto/roupa/adereço conforme o número que sorteou e utilizá-lo para criar espontaneamente um personagem.
2º passo: Sem dizer nada, o personagem deve demonstrar onde está – de acordo com o que consta no papel que sorteou.
3º passo: Quando o estudante que está jogando entender que a plateia já reconheceu/percebeu o personagem e o local onde ele está, ele deve dizer (ou ler) a frase, utilizando as características vocais (fluência, entonação e timbre) próprias do personagem que criou.
Por exemplo: (adereço) Sapato masculino + (onde) parque de diversões + (frase)
Independência ou morte!
Situação de Aprendizagem III
Habilidade: (EF04AR20) Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro de sombras, explorando a teatralidade da voz, do personagem, da iluminação e da sonoplastia.
Objetos de conhecimento: Processos de Criação
● Improvisação teatral;
● processo narrativo;
● teatro de sombras;
● teatralidade da voz, do personagem, da iluminação e da sonoplastia.
Conceitos importantes.
Improvisação teatral: Essa técnica possibilita ações espontâneas para o trabalho do ator e do não ator. O improvisador explora seus limites criativos e agilidade criativa. Ela pode ser realizada tanto individualmente quanto em equipe. A improvisação estimula o desenvolvimento criativo do ator, de sua espontaneidade, adaptabilidade, flexibilidade e imaginação dramática.
Processo narrativo: Considerando a especificidade implícita na habilidade, trata-se, basicamente, da transposição de uma história, de forma criativa, para a forma dramática do teatro de sombras.
Teatralidade da fisicalidade e da voz do personagem: A construção de personagens requer pesquisa, experimentação, seleção e agregação de referências físicas, gestuais e vocais. Geralmente, após o processo descrito, o ator configura seu personagem, a partir de seu próprio corpo e voz, porém, assumindo características específicas, deixando evidentes as diferenças que existem entre ele e o personagem.
Teatralidade da iluminação e da sonoplastia teatral: Durante a elaboração de uma apresentação teatral, considerando referências implícitas e explícitas do texto, a iluminação e a sonoplastia contribuem significativamente para o reforço dramático, que se caracteriza pela utilização intencional das infinitas possibilidades de intensidade de cores, luzes, ruídos e músicas, a fim de mobilizar, emotiva e sensorialmente, a plateia.
Sonoplasta: Pessoa responsável pelo som da fala, música e ruídos (naturais ou não) que compõem uma apresentação artística.
Iluminador: Pessoa responsável pelos efeitos de luz que compõem uma apresentação artística.
Para saber mais:
Texto em PDF – Teatralidade e performatividade na cena contemporânea. Disponível em: file:///C:/Users/Francisco/Downloads/5391-14426-1-PB.pdf
Vídeo – Iluminação Cênica - luz ângulos de incidência. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=uqfHvGmnitE
Vídeo – (teatralidade da voz) – Teatro de Sombras - Brincando Com Sombras - Chapeuzinho Vermelho. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BOjYGzWEI8A
Vídeo – Improvisação – Teatro de Sombras. Conferência Nacional de Marionetes de O'Neillo. O Improv Shadows combina improvisação de histórias e teatro de sombras. (Áudio em inglês). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sLmxYHayJn8
Vídeo – (iluminação e sonoplastia) – Teatro de Sombras Chinês – Rota da Seda. “Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rVRkBC8w64I
Construir roteiros para teatro de sombras.
Roteiro coletivo Escolha uma história ou assunto e a partir do texto é que personagens, cenários, efeitos de luz e sonoplastia serão definidos. Após do roteiro pronto, é muito importante que se façam leituras, para verificar qualquer necessidade de ajuste. Se for possível, registre as apresentações em vídeo.
Experimentar histórias dramatizadas, por meio de roteiros para teatro de sombras.
Conteúdo das caixas para despertar a criatividade dos estudantes – criar personagens com suas características físicas e timbres de voz e local, utilizando uma frase. Informe que a frase é que dará início à história, que deverá se desenrolar por, pelo menos, três minutos.
A apresentação das improvisações é o objeto de estudo, portanto a proposta é que os estudantes experimentem cada função do teatro de sombras, atentando para a teatralidade da voz, do personagem, da iluminação e da sonoplastia. Indique que enquanto um grupo atua, o outro será a plateia.
Situação de Aprendizagem IV
Habilidade: (EF04AR22) Experimentar, com respeito e sem preconceito, possibilidades criativas de movimento e voz de um mesmo personagem em diferentes situações, reconhecendo semelhanças e diferenças entre suas experimentações e as feitas pelos colegas, e discutindo estereótipos.
Objetos de conhecimento: Processos de criação
● Movimento e voz; (teatralidades)
● personagem; (observar SA I)
Conceitos importantes
Movimento (Gestualidade do personagem): (observar SA III)
Voz (do personagem): (observar SA III)
Respeito - Sentimento e ação, sensível e prudente, que demonstra atenção, compreensão, aceitação e consideração pelo outro, ou por uma representatividade (Animais, Natureza, Nações, Religiões etc), reconhecendo e valorizando seus princípios positivos, suas tradições, escolhas e ações afirmativas.
Preconceito: opinião antecipada, idealização, concepção, forma de pensar, prejulgamento generalizado assumido sem informação consistente, cuidado ou causa.
Estereótipo: conceito clichê, generalização, rótulo, “padrão”, pressuposto etc.
Bullying - O termo surgiu a partir da palavra em inglês bully, que possui diversos significados na língua portuguesa, como, por exemplo: ameaçar, oprimir, maltratar, intimidar etc. É uma prática que envolve ações intencionais de ameaça, violência, intimidação, maus tratos, assédio moral, entre outros, de forma recorrente contra uma pessoa.
Jogo Teatral: é uma atividade que consiste na criação e representação de personagens diversos, que executam ações, criando enredos/histórias com começo, meio e fim, mas, para que uma atividade possa ser considerada como um Jogo Teatral, ela precisa respeitar a seguinte formatação: os estudantes devem ser organizados em grupos, que irão revezar as funções de jogadores e plateia. É importante deixar claro que a plateia tem a função de assistir, observar, reagir e, em alguns casos, interagir para contribuir com o desenvolvimento do jogo.
Para saber mais:
Jogo teatral na pedagogia da criação cênica. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline/article/view/527/470
Conceitos de teatralidade do corpo e da voz do personagem.
Vídeo - Todas as versões do Coringa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iBpCYnENS-c
Atuar/jogar com liberdade.
Em sua essência, todo jogo teatral prevê espaço e tempo próprios, um objetivo a ser alcançado ou conquistado e seu conjunto de regras, que sendo aceitas por todos os jogadores, estabelecem um contrato implícito de corresponsabilidade por aquele momento lúdico.
Espaço para circular, realizar leituras, ensaiar e ampliar seus repertórios de movimentos e voz.
O foco na representação dos personagens, com atenção para o uso criativo da voz e dos movimentos; além do papel da plateia, que acompanha e reage às cenas que lhe são apresentadas.
Selecione, antecipadamente, um pequeno texto teatral, com quatro personagens e divida-o em quatro partes. Entregue uma parte para cada grupo, isoladamente. Explique que cada grupo deve dividir os personagens e ensaiar sua apresentação. As apresentações podem ocorrer mesmo que seja com o texto na mão, porém a teatralidade física e da voz dos personagens deve ser marcante.
Situação de aprendizagem V
Habilidade articuladora: (EF15AR23) Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
Objetos de conhecimento: Processos de Criação
• Relações processuais
• Projetos temáticos
Conceitos importantes
Relações processuais: nesta habilidade, trata-se da investigação, pesquisa e análise das possibilidades de criação e utilização de produções artísticas, das diferentes modalidades e linguagens artísticas (danças, músicas, encenações, desenhos, pinturas etc) durante a realização de projetos temáticos.
Projeto temático: sistematização de uma ação com público alvo e detalhamento, abordando uma temática específica. Sendo assim, todas as ações planejadas devem gravitar em torno do tema eleito.
Retomada de diferentes imagens e vídeos. Durante a apreciação, converse, faça pausas para ouvir, e reforce os conceitos de teatro de sombras, teatralidade da voz, trabalho colaborativo, iluminação, sonoplastia, personagem e estereótipo trabalhados nas atividades anteriores..
Diferentes linguagens artísticas se misturam,se conversam e se contaminam. Essa fusão gera uma “nova” linguagem artística, a linguagem híbrida, que transforma o produto artístico num mosaico.
Conceitos de relações processuais e projetos temáticos e que as linguagens da arte se integraram.
Construção de um Projeto - Um Tema
Lembre-os de que podem utilizar imagens, músicas, canto, dança, projeção, efeitos sonoros, personagens, voz, dramatização, histórias, trilhas sonoras etc, propiciando a imersão do espectador num universo de fantasia, drama, comédia, divertimento e sensações. Portanto, depois de organizados os grupos, peça-lhes que analisem, conversem e decidam sobre os aspectos, a seguir.
1. Tema do projeto;
2. Objetivo (s);
3. Linguagens artísticas que serão utilizadas;
4. Ambiente (s) necessário (s);
5. Divisão de tarefas;
6. Qual será o produto de cada grupo em cada linguagem;
7. Sonoplastia;
8. Iluminação cênica.
Após as decisões, os grupos devem dividir as tarefas:
1. Criar e desenhar personagens;
2. Criar e desenhar cenários;
3. Criar iluminação cênica;
4. Criar ou selecionar sonoplastia (trilha sonora e efeitos sonoros);
5. Criar ou selecionar história dramatizada;
6. Criar e realizar o ambiente da exposição.
Você pode acrescentar ou utilizar aspectos e tarefas, de acordo com sua necessidade e/ou realidade.
Após a produção dos grupos, solicite que apresentem para os demais os seus projetos, explicando os processos. É importante explicitar como se deu a exploração das diferentes linguagens artísticas presentes no projeto, considerando um tema único. Organize e apresente o resultado do projeto à escola.
Referências Bibliográficas:
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. - São Paulo: SEE, 2010.
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2006. 3ª Ed.
SPOLIN, Viola - Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2006.
PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2008. 3ª Ed
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